Bem vindos aos meus retalhos
Concluí a leitura do livro Mulherzinhas com esse sentimento. Que livro maravilhoso e necessário para todas as pessoas amantes de boas leituras, bons enredos, personagens ricos e graciosos.
Adquiri o livro na viagem de final no último ano. Confesso que o comprei mais pela capa. Quando olhei o título a princípio fiquei relutante porque o julguei muito adocicado, mas seduzida pela ilustração da capa e curiosa pelo
Mulherzinhas (Louisa May Alcott)
título, resolvi sair da livraria com ele em mãos.
Quando o comprei não sabia que o filme Adoráveis Mulheres disponível na Netflix havia sido baseado no livro. E eu amei o filme, além de um elenco fantástico, os personagens me fascinaram.
Pois bem, quando comprei o livro estava numa meta, digamos, demasiadamente pretenciosa, de ler um livro por semana ou no período mais curto que eu conseguisse. E assim, foi acontecendo com os livros que vieram da livraria junto com este.
Acontece que quando comecei a ler o livro, já fui tomada por um sentimento de pausa, freio, diferente dos outros, ele me ajudou a desacelerar, então, eu me propus a ler sem tempo estipulado, apenas mergulhando na história, ou histórias. E assim, o fiz! Sem pressa, conciliando com outras leituras e atividades.
Conto para vocês (sem tentar dar muito spoiller) um pouco sobre o livro:
A história tem como protagonista duas famílias, uma composta por um casal e quatro filhas. São quatro meninas criadas com muita abertura, diálogo, afeto, respeito às diferenças (porque elas são mesmo, muito diferentes), e com um grande incentivo a lutarem por seus sonhos com muita dignidade e coragem. E a outra família é composta por 1 menino e seu avô. A história começa quando os personagens estão na adolescência e são acompanhados até a fase adulta, em que mesmo tendo seguido caminhos diferentes, eles se amam e continuam juntos e unidos mesmo diante de dores, perdas e frustrações.
E aí você pode me dizer: “Mas, todas as famílias (ou em sua maioria) não são assim?”. Digo-lhes claramente que não! O livro nos ajuda a refletir sobre isso. O quanto em um mundo de tantos dissabores, desafios e decepções, é possível ser quem somos, fazer nossas escolhas, encontrar nosso lugar no mundo, e ter sempre alguém para quem chamemos de lar.
O livro é sobre passagem, perdas, frustrações, perdão, recomeço, vida, morte, começos e fins. Todos os personagens são muito ricos, mas, a que mais me identifico é Jo, que mesmo sendo tão diferente das irmãs, escolhe seu próprio caminho e isso significa estar sempre fiel aos que ela ama e aos seus princípios e valores.
Então, se está precisando de pausa, relaxar, desacelerar, se inspirar, leia Mulherzinhas, vale cada página. Termino o livro querendo que o mundo seja contagiado por mais amor, afeto, acolhimento e esperança de dias melhores.
É um ótimo livro para amantes de boa leitura!