Hoje, é um sábado como tantos outros. Cuidar da casa, das crianças, tentar tirar um tempo para mim e etc.
No meio disso tudo, após duas conversas com duas mulheres, me pego refletindo o quanto estamos e somos conectadas umas as outras e nem sempre nos damos conta.
E aí vem esse texto, ele surge dessa reflexão e nostalgia.
Para hoje, programei um tempo para mim, e só nisso, dependo diretamente de 3 mulheres.
Volto para casa e encontro em meu direct a mensagem mais linda que poderia receber no dia, e veio de uma mulher.
Depois, preciso saber de coisas tão corriqueiras, e me pego mais já vez dependendo de uma querida mulher.
Preciso conversar sobre amenidades da semana e da vida, e claro que é para uma mulher que me pego ligando.
E aonde quero chegar?
Nós mulheres estamos conectadas, ligadas por um fio invisível, ainda que vivamos no automático e não seja fácil reconhecer isso.
Não importa se estamos dedicados ao lar, ou dedicadas a carreira, ou se somos tudo isso junto e misturado (a maioria de nós mulheres está nessa condição), estamos ligadas e dependemos umas das outras.
Na maioria das vezes estamos exaustas de tudo, da falta de espaço, de voz, de reconhecimento, de descanso, de ócio e por aí vai.
Mas, sinto que de diferentes maneiras, e em barcos diferentes, estamos como Alice (Através do espelho), tentando conter tempestades, intempéries, e apenas, queremos assumir o leme das nossas vidas, e tornar o aqui e agora um lugar melhor.
E sim, embora diferentes, estamos conectadas por esse fio invisível forte e poderoso que é ser e existir mulher em contextos tão diversos, desafiadores e desiguais.
Zildenice Guedes
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